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Nesse espaço você encontrará temas biblicos reformados para seu maior enriquecimento teológico e espiritual, assuntos para pregação biblica e cristocêntrica e também saberá mais sobre minha cosmovisão!!!......aproveite!!

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Confissões de um padre.....pura verdade!!!!


“A definição do Pregador é a vida, e o exemplo... Ter nome de Pregador ou ser Pregador de nome não importa. As ações, a vida, o exemplo, as obras, são aquilo que tem o poder de converter o mundo... Antigamente convertia-se o mundo: hoje por que não se converte ninguém? Porque hoje pregam-se apenas palavras, antigamente pregavam-se com palavras e com vida. Palavras sem obras são tiros sem bala, atiram mas não ferem...”

“Para um homem ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz. Se tem espelho e é cego; não se pode ver por falta de olhos; se tem espelho e olhos e é de noite, não se pode ver por falta de luz. Logo se faz necessário haver luz, espelho e olhos. Que coisa é a conversão de uma alma senão entrar um homem dentro em si, e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, é necessária luz, e é necessário espelho. O pregador contribui com o espelho, que é a Palavra.; Deus contribui com a luz, que é a graça; o homem contribui com os olhos, que absorvem o conhecimento divino.”

Padre Antônio Vieira

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

A Oraçao de um Arminiano!!!!!!!

Inicio com esta aqui: Senhor, sou grato a ti porque aqui estou agora, e para sempre. Porém, o Senhor falou que se eu continuar a te obedecer, estarás comigo até a consumação dos séculos. Mas se eu O abandonar, o senhor também se afastará de mim. Mas, também, a Tua Palavra diz que é o Teu Espirito que convence o homem do pecado e do juízo, ao mesmo tempo que o ajuda a não pecar mais depois de justificado. Ai....



1 - ORAÇÃO ARMINIANA

COMO DEVE SER A ORAÇÃO DE UM ARMINIANO, QUANDO INTERCEDE POR UMA PESSOA QUE ELE AMA SEJA SALVA? EU IMAGINO QUE SEJA MAIS OU MENOS ASSIM:
"SENHOR, SEI QUE TÚ ÉS SOBERANO, IMUTÁVEL, TODO-PODEROSO, AGINDO O SENHOR QUEM IMPEDIRÁ.
SEI TBEM QUE TÚ DESEJAS QUE TODOS SEJAM SALVOS, MAS SEI QUE RESPEITA A VONTADE DOS HOMENS QUE NÃO QUEREM MORAR NA ETERNIDADE CONTIGO, CAUSANDO UMA GRANDE FRUSTRAÇÃO À TI, OH! PAI. A ESTES CHAMAS DE VERME, TRAPO DE IMUNDICIA, HIPÓCRITA, RAÇA DE VÍBORA, MISERÁVEL, ADÚLTEROS, INSENSATOS, FILHOS DA PERDIÇÃO, CÃES, SODOMITAS, ETC,ETC,ETC.
ENTÃO SENHOR EU INTERCEDO PELA VIDA DE FULANO DE TAL, O QUAL DESEJO QUE ELE TAMBÉM O ACEITE COMO EU UM DIA RESOLVI TE ACEITAR. POIS EU SEI QUE QUANDO ELE ABRIR O CORAÇÃO SENDO O ALFA DA SUA PRÓPRIA SALVAÇÃO, TÚ SERÁ O BETA E O OMEGA NA SALVAÇÃO DELE. SENHOR TENHO PERGUNTADO A ELE SE QUER IR PRO CÉU OU INFERNO, ELE ME RESPONDE QUE QUER IR PRO CÉU. PRÁ MIM SENHOR ISTO É ACEITÁ-LO E PORQUE ENTÃO ELE NÃO FOI SALVO POR TI AINDA? PAI, CONTINUE BATENDO NA PORTA DO CORAÇÃO DELE, HUMILHE-SE PRA ELE PAI, IMPLORE PRÁ ELE, GRITE DESESPERADO PRÁ ELE ACEITÁ-LO SENHOR, POR QUE ESTA DECISÃO PERTENCE SOMENTE A ELE, QUE TEM UM CORAÇÃO CORRUPTO, CAÍDO SEM CONDIÇÃO NENHUMA DE FAZER O BEM PARA SÍ MESMO. MAS PAI CONTINUE TENTANDO QUEM SABE UM DIA ELE RESOLVA TE ATENDER. AMÉM".

2- Uma breve oraçao calvinista!

Senhor, graças te dou pela tua infinita Graça e Misericórida. Sou grato pela paz que, pela fé em Jesus, gozo em meu coração, apesar dos conflitos desta vida. Não compreendo por que Tu, que és todo Amor, permites estes conflitos. Não posso compreender as razões por que permitiste a queda do homem. Mas confio na Tua Sabedoria, na Tua Graça, e no Teu amor. Sei que tudo podes, e que a Tua Soberania não pode ser questionada nem contestada.

Reconheço que sou pequeno e limitado demais para compreender os teus desígnios. Livra-me, pois, Senhor, da arrogância e da pretensão de achar que posso sistematizar em argumentos intelectuais e doutrinas de homens, aquilo que somente Tu podes saber e compreender. Livra-me da pretensão de querer limitar, de qualquer forma, a Tua Soberania, ao falar de Ti para os que convivem comigo e com os que cruzam o meu caminho.

Oro confiado na eterna Graça de Jesus, que me salvou.

Amém.

3-Oração Arminiana:

"O Senhor, eu te agradeço porque Tu apenas previstes que eu iria me arrepender e crêr, e, em resposta a isso, Tu me escolhestes. Graças te dou porque a Tua escolha foi uma retribuição à minha fé e arrependimento. Te agradeço porque fé e arrependimento são frutos da minha livre vontade e que dependem de mim mesmo. Eu te agradeço porque eu pude de mim mesmo ter esta fé. Graças te dou, porque tua escolha dependia de minha escolha. Graças te dou porque Tu só me amastes porque vistes que eu te amaria. Por fim, Senhor, eu te agradeço porque Tu só me salvastes porque eu decidí crer em Ti, ou seja, porque a minha salvação dependia de mim mesmo. Obrigado, porque a glória da minha salvação está dividida entre nós dois!".

Desculpe-me a franqueza, mas, ainda que os arminianos não orem desta forma, por uma questão de coerência esta deveria ser a sua oração!

Oração Calvinista:

"Ó Senhor, eu te agradeço porque sem Ti nada posso fazer. Te agradeço porque Tu me escolheste para a salvação, quando eu de mim mesmo nada poderia fazer para conseguí-la. Eu te agradeço porque, mesmo não tendo nada para te oferecer, Tu decidiste me salvar e me escolhestes antes da fundação do mundo e por isso mandaste teu Filho com este propósito de salvar todos que o Pai te deu. Eu te agradeço porque não fui eu que te escolhi, pelo contrário, fostes Tu que me escolhestes para que eu dessse fruto e fosse santo. Obrigado, porque eu só pude ter fé, exatamente porque Tu me escolhestes e por graça e misericórdia me destes este dom. Obrigado, porque a salvação pertence ao Senhor e meu nome foi por Ti escrito no Livro da Vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo. Obrigado, porque a glória da minha salvação é toda Tua!"

Conclusão:

Todo arminiano jamais ora como arminiano, o que por si só já demonstra a falta da base bíblica para seus ensinamentos. Todo arminiano é um calvinista de joelhos!
Orar como arminiano é uma incoerência tão grande(além de uma blasfêmia), que nem sequer eles oram da mesma forma que ensinam!
Tua 'oração' arminiana é 'perfeita'!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Graça pode ser resistida ou nao?



. Aprenda a sua doutrina de textos. Ela fica melhor assim, e alimenta a alma. Por exemplo, aprenda Graça Irresistível a partir de textos. Desse modo você vai ver que ela não significa que a graça não possa ser resistida; significa que, quando Deus escolhe, Ele pode e vai vencer essa resistência.
. . Em Isaías 57: 17-19, por exemplo. Deus castiga seu povo rebelde ferindo-os e ocultando seu rosto deles: “Por causa da sua cobiça perversa fiquei indignado e o feri; fiquei irado e escondi o meu rosto” (v. 17).
. . Mas eles não responderam com arrependimento. Pelo contrário, eles continuaram se desviando. Eles resistiram: “Mas ele continuou extraviado, seguindo os caminhos que escolheu." (v. 17). Então a graça pode ser resistida. De fato, Estevão disse para os líderes judeus, “vocês sempre resistem ao Espírito Santo!" (Atos 7: 51).
. . O que Deus faz então? Ele é impotente para levar aqueles que resistem ao arrependimento e integridade? Não. O próximo versículo diz: “Eu vi os seus caminhos, mas vou curá-lo; eu o guiarei e tornarei a dar-lhe consolo" (v. 18).
. . Assim, em face do teimoso, do desviado resistente à graça, Deus diz, "vou curá-lo”. Ele irá "restaurar", a palavra é "tornar inteiro ou completo”. Termo que está relacionado com a palavra shalom, paz. Plenitude e paz são mencionadas no próximo versículo, o qual explica como Deus converte um desviado resistente à graça.
. . Ele faz isso "criando louvor nos lábios". “‘Paz, paz, [Shalom, Shalom] aos de longe e aos de perto’, diz o Senhor. ‘Quanto a ele, eu o curarei’”. (v. 19). Deus cria o que não estava lá. Esta é a forma como somos salvos. E esta é a forma como somos impedidos de desviar. A graça de Deus triunfa sobre a nossa resistência criando louvor onde ele não existia.
. . Ele traz shalom, shalom aos de longe e aos de perto’. Plenitude, plenitude aos de longe e aos de perto’. Ele faz isso por "restaurar", ou seja, substituir a doença da resistência com a solidez da submissão.
. . O ponto de graça irresistível não é que não podemos resistir. Nós podemos e fazemos. O ponto é que, quando Deus escolhe, ele supera a nossa resistência e restaura um espírito submisso. Ele cria. Ele diz: "Que haja Luz!" Ele cura. Ele conduz. Ele restaura. Ele conforta
. . Por essa razão, nós nunca nos vangloriamos de termos deixado de desviar. Nós nos prostramos perante o Senhor e com alegria temerosa lhe agradecemos pela sua graça irresistível.


Jonh Piper

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Uma Reflexão sobre a doutrina do livre arbitrio...



por Scott Price


1) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê que o homem NÃO é totalmente depravado e que ele possui plena capacidade para ir a Cristo ao usar seu livre-arbítrio, e que Deus aceitará essa pessoa por causa do exercício dessas habilidades. Note: Dizer que o homem NÃO é totalmente depravado significa afirmar que ele possui certa justiça própria digna de merecer algo da parte de Deus.

2) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê que Deus o escolhe baseado na observação futura do uso do livre-arbítrio — caso o homem escolha crer —, portanto , Deus elege um homem para a salvação sob a condição de que o livre-arbítrio previsto dessa pessoa escolha a Deus. Note: Dizer que a eleição é condicionada de alguma forma pelo homem é promover a salvação pelas obras, que é uma coisa má e autojustificadora.

3) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê que Cristo morreu universalmente por toda humanidade, sem exceção, e que depende do livre-arbítrio do homem tornar a morte de Cristo eficaz. Note: Dizer que a morte de Cristo NÃO é o diferencial entre céu e inferno é competir com o estabelecimento e a obra da justiça que Cristo obteve mediante sua vida e morte .

4) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê que o homem pode resistir à vontade de Deus a qualquer hora mediante vontade própria. Note: Dizer que o pecador pode resistir ao chamado eficaz, interno e atrativo do Espírito Santo de Deus — o mesmo poder que levantou Cristo dos mortos — é dizer que o homem possui mais poder que o próprio Deus .

5) O adepto da teoria do “livre-arbítrio” crê ser capaz, mediante seu livre-arbítrio, voltar as costas para Deus e, como resultado disso, perder a salvação. Note: O problema com o adepto da teoria do “livre-arbítrio” é que, antes de tudo, ele não entende como a pessoa é salva, muito menos o tópico da preservação ou perseverança. Ele imagina ser alvo da salvação condicional, orientada por obras do princípio ao fim.

Esses cinco pontos — aos quais o adepto da teoria do “livre-arbítrio” da falsa religião se apega — são mentiras de Satanás, opostas à verdade divina. Deus diz que somos justificados pelo sangue e pela justiça imputada de Jesus Cristo, o Senhor. O falso evangelho parece existir em excesso no mundo hoje. Paulo disse em Gálatas 1:9: “Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”. Se Deus é absolutamente soberano e o autor da salvação eterna, então o livre-arbítrio é um mito. A Palavra de Deus declara dessa forma.
Se o adepto da teoria do “livre-arbítrio” está tão impressionado com seu livre-arbítrio, por que ele não o usa para parar de pecar? Ele não pode fazê-lo, pois não o possui! “Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece” (Romanos 9:16). Toda a glória irá para Deus na salvação de uma pessoa ou não haverá salvação. Deus é zeloso de sua glória e não a partilhará com nenhum adepto da teoria do “livre-arbítrio”. JAMAIS!

sábado, 4 de outubro de 2008

O espetáculo do Calvario


O espetáculo do calvário,o dia em que o homem crucificou a Deus

Cap 1

E toda a multidão que se ajuntara a este espetáculo, vendo o que havia acontecido, voltava batendo nos peitos (Lc 23:48)

Que amor é esse?

Ninguém jamais amou como Deus. O seu amor é incondicional, ou seja, não exige atitude nenhuma daquele que é objeto dele. Não há nada que façamos que venha aumentar o amor de Deus por nós, mas também não há nada possamos fazer para diminuí-lo, seu amor é permanente. Se você tem falhado saiba que o amor de Deus continua o mesmo com relação a você, e deseja restaurá-lo. Deus ama quem não merece seu amor, Ele perdoa quem não merece seu perdão. Até mesmo aqueles que censuramos pelas suas atitudes condenáveis podem ser alvos do amor imensurável do Cristo da Cruz.
A maior demonstração dessa atitude tão nobre de amor já existente, e vivenciada pela humanidade aconteceu fora dos muros de Jerusalém, quando nosso Mestre foi crucificado. Com toda sinceridade do meu coração, penso ser esse o maior presente de Deus para nós, todos os tesouros dessa terra não alcançariam o valor desse sacrifício. É verdade que tudo o que foi feito naquele dia tem sido esquecido pelos mais fervorosos cristãos da atualidade, glorificamos o Cristo pintado pelos pregadores positivistas, o “Jesus da prosperidade”, ou o “Jesus da cura e do milagre”, mas negligenciamos o Jesus crucificado a tal ponto dessa mensagem de verdade e amor se esvair de nossos púlpitos.
Como jovem pregador do Livro Santo, sempre me preocupo em acrescentar uma verdade relacionada à cruz em meus sermões. A cruz é o tema do fiel pregador, sem ela nas mensagens é válido amassarmos nossos esboços e os lançar no lixo.
Quando falamos acerca do amor de Deus apresentado por meio de Cristo, algumas considerações devem ser feitas:
1. Deus é amor - o Senhor é a personificação do amor. Na Bíblia existem quatro conceitos claros acerca do caráter de Deus, a saber:
Deus é Espírito (Jo 4:24) Ele não é matéria como pensam alguns filósofos e até crentes materialistas que cultuam o que possuem e medem as pessoas pelo o que elas tem, e não pelo o que elas são.
Deus é Luz (1Jo 1:5) Isso fala de sua santidade, quem vive em trevas e escuridão não pode dizer que O conhece.
Deus é um fogo consumidor (Hb 12:29) o Deus Jeová é um Deus de justiça, faz parte do seu caráter. Perceba que este texto está registrado no novo testamento. Mesmo na nova aliança o Senhor continua punindo aqueles que não lhe obedecem, como fez com Ananias e Safira no princípio da igreja na Terra (At 5:1-12). Isso também fala de purificação, Deus prova o seu povo assim como o ouro o é no fogo para ser aperfeiçoado.
Deus é amor (1Jo 4:16) Inexplicavelmente Ele nos amou primeiro. De fato o que merecíamos era a perdição e condenação eterna, mas simplesmente Ele nos amou. Isso é mais complexo de se explicar do que todos os mistérios do Universo. Pense, que fizemos nós para receber seu amor? A Bíblia diz que nossa justiça se assemelha os trapos de imundícia, mas mesmo assim Ele é apaixonado pela humanidade, poderia ter nos deixado ser levado pelas águas turvas da vida, manchados pelo pecado, mas Ele interveio com seu maravilhoso plano de salvação. Como não valorizaríamos seu sacrifício de amor? É possível esquecê-lo? Você e eu estávamos inundados no mar do pecado, lançado na sarjeta, mas Ele andando pelas ruas de nossas cidades nos encontrou e disse: Limpem esta casa porque vou morar nela! Penso que os anjos que o acompanhavam em sua comitiva se assustam e perguntam: Mas Senhor, Tu podes morar nos palácios mais suntuosos do Universo, o que viste neles? E antes mesmo de Deus responder, os anjos lembram-se da palavra GRAÇA que tanto era falada nos céus e sem hesitar, obedecem a sua ordem ajudando-nos a colocarmo-nos de pé e nos servindo. Hoje somos casa de Deus, pode imaginar! Deus habita em um trono de glória, mas em contrapartida também com o de quebrantado coração (Is 57:15). Que amor é esse? Se você precisava de um motivo para glorificar e agradecer a Deus, aí está o maior de todos. Você é alvo do seu grandioso amor!
2. Deus mostrou seu amor com atitudes – Deus não somente nos amou, Ele provou seu amor. Ora, que bastaria para Ele permanecer em seu trono de glória e majestade, debruçado na janela da eternidade somente observando a decadência da sua mais bela criação? Ele interferiu em nossa sorte com uma atitude de amor. Vislumbre pela lente do calvário o nosso Mestre na cruz. Ele queria nos ensinar algo? Sim queria. Estava nos ensinando por uma linguagem não verbal, que amar é muito mais do que palavras lançadas ao vento, amar não é um mero sentimento, amar é agir!
Paulo, o apóstolo dos gentios, disse uma verdade que enobrece minha alma quando a leio, está registrada em Romanos capitulo 5:8 que diz: mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
Veja que Paulo afirma que Deus não somente amou, Ele provou seu amor com a atitude de enviar, não os anjos dos céus, mas a si próprio para sofrer na rude cruz. Que amor é esse que se esqueceu de si mesmo para pensar em mim? Que amor é esse que escolheu a forma mais dolorosa para mostrar o quanto me ama? Que ocupava sua mente pura e eterna com pessoas tão pequenas quanto eu e você?
Fico estarrecido quando paro pra pensar que Deus, sendo eterno, resolveu efetuar sua criação, tendo pleno conhecimento de que a mesma um dia haveria de traí-lo. Ele tinha ciência de que o querubim ungido se rebelaria, e que a sua criatura mais amada e desejada haveria de desobedecê-lo, porém não desistiu de seu plano e esses reveses não O impediriam de concluir e tecer a mais bela história de amor já vista.
Jesus não somente ensinava com palavras, Ele transformava seus sermões em ações práticas, pois sabia que o homem tem mais facilidade de aprender o que vê, do que o que ouve. Como diz um ditado chinês: “Um quadro vale mais do que mil palavras”. O nosso Mestre sabia pintar os mais belos quadros com seus milagres e maravilhas, e na cruz foi profundo em seus sentimentos ao declarar: “Está consumado”.
Será que temos aprendido com nosso Mestre? Temos mostrado nosso amor a Deus, e a nossos irmãos com atitudes, ou somente vociferamos em nossas reuniões com profunda demagogia: Te amo! Será que você marido tem somente dito à sua esposa o quanto a ama, mas tem se esquecido de provar o quanto ela é importante pra você? Jesus era completamente imprevisível aos olhos dos que o acompanhavam. Ele os surpreendia. Quando eles achavam que Ele ia condenar, perdoava, quando achavam que um pobre cego à beira do caminho não merecia sua atenção, parava para mostrar seu amor. Aprenda a surpreender os que estão ao seu redor, sem dúvida alguma, assim como Jesus você marcará seu nome no coração delas, e as influenciará.
3. O amor é inseparável da dor – Essa é mais uma verdade relacionada ao amor, não existe ninguém que ame e não sofra, simplesmente porque são inseparáveis. Paulo já declarava inspirado pelo Crucificado: o amor é sofredor... tudo sofre (1Co 13:4,7). Por amar a humanidade Jesus sofreu, e sofreu muito, não somente na cruz, mas em toda sua breve passagem pela terra. (Mais adiante relatarei a respeito). Existem aqueles que temem amar com a desculpa que não querem sofrer ou chorar, estes não podem dizer que são felizes, porque o ser humano sente a necessidade natural de amar, sabe por quê? Porque o Senhor nos fez sua imagem e semelhança. Já tentou encontrar conceito para definir a Deus de forma mais precisa do que João o discípulo amado? Ele foi veraz ao dizer que Deus é amor, e se somos sua imagem e semelhança, nos identificamos com seu caráter e personalidade, assim afirmo que é impossível viver feliz sem amar. Quem tem medo de se decepcionar com aquele a quem ama, nunca se igualará ao Jesus homem. Acha mesmo que o Senhor não sabia que Judas iria traí-lo, ou que Pedro iria negá-lo? Sim Ele já sabia, mas nunca deixou de amá-los, compreendê-los e incluí-los entre os demais. É por isso que Deus é o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Você sabe muito bem que Deus havia mudado o nome de Jacó (literalmente: agarrado ao calcanhar, portanto suplantador) para Israel (príncipe de Deus), mas porque, que mesmo após essa mudança o Senhor continua sendo Deus de Jacó (Sl 46:10), porque não de Israel? Ele queria nos mostrar que Ele é Deus dos fortes, mas também é Deus dos fracos, dos que erram e deslizam em sua fé.
Jesus nunca deixou de se entregar para amar seus seguidores, amou-os até o fim, amou sem ser amado, e até mesmo os que não o seguiam, mesmo eles sendo faltosos e falhos. Será que você somente ama quem te faz bem? E aqueles que te entristeceram um dia? Você se afastou deles porque falharam? Porque te decepcionaram? Será que não estás com medo de amar? De se entregar? Lembre-se que Jesus após sua ressurreição voltou para buscar a Pedro, mesmo tendo este o negado.
Se quisermos aprender com o grande mestre Jesus, temos que nos conscientizar que uma hora ou outra vamos ser traídos como Ele foi, receberemos muitos beijos no rosto de “amigos”como Ele recebeu, vão nos caluniar, vão nos jogar na cisterna,como fizeram ao jovem José. Mas no fim de tudo assim como ele, teremos que entender que na vida de alguém que está no centro da vontade de Deus nada acontece por acaso, Deus permanece no controle, como na vida de Jesus. E José conseguiu olhar com uma ótica divina e confortar seus irmãos dizendo que tudo era plano de Deus para conservá-los com vida. Quero aproveitar a deixa para profetizar sobre você, e dizer que no tempo determinado todos aqueles que te feriram ou caluniaram, dentro em breve terão que ver a benção do seu Deus sobre sua vida, Amar é escolher ser um eterno sofredor, mas que entende o fluxo natural da vida e do ser humano, ame! Sofra, mas assim como Estevão não olhe para seus algozes, pois a bíblia diz: “Mas ele (Estevão), estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus”. Olhe para o céu, e você verá que Deus esta te assistindo na arquibancada da eternidade e te garantirá um final feliz!
Para Jesus, amar era o suficiente, não se importava com o que fariam com Ele, transbordava seu cálice de compaixão por nós, e simplesmente tirou os olhos de nossas misérias e viu cada um com seu coração em pedaços necessitando de Deus. Até nos momentos em que deveria preocupar-se consigo, priorizava aqueles a quem amava. A Bíblia diz que quando estava no caminho da crucificação, mesmo estando ferido pelos açoites e bofetadas que havia levado, com seus olhos inchados e seu rosto ensangüentado devido à coroa de espinhos, fitou seus meigos olhos em direção às mulheres que o acompanhavam. Por vê-las chorando se comoveu e disse: “Não choreis por mim, chorai antes por vós...”. Como é possível alguém em uma situação como essa, conseguir condicionar sua mente a tal ponto de preocupar-se com outrem? Qual de nós que em um momento de dificuldade consegue lembrar-se de outros que estão em situações iguais ou piores do que as nossas? Que homem era esse? Não olhou para o meu estereótipo, mas para minha alma carente e tatuada pelo pecado, e simplesmente decidiu sofrer por me amar.
Fica, portanto para nós a pergunta do Mestre Jesus a Pedro: Tu me Amas? Então apascenta as minhas ovelhas! Ou seja, mostre com trabalho, atitudes.




trecho do meu livro - O espetáculo do Calvário, o dia que o homem crucificou a Deus

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A Natureza da Pregação

O conceito reformado de palavra de Deus é mais amplo do que aquele geralmente compreendido pela expressão. Ele inclui a palavra escrita: a Bíblia; a palavra encarnada: Cristo; a palavra simbolizada ou representada: os sacramentos do batismo e da ceia; e a palavra proclamada: a pregação.6 Na teologia reformada, portanto, a pregação da Palavra de Deus é palavra de Deus. Esta concepção de pregação é professada no primeiro capítulo da Segunda Confissão Helvética, de Bullinger, nos seguintes termos:
A Pregação da Palavra de Deus é palavra de Deus. Por isso, quando a Palavra de Deus é presentemente pregada na igreja por pregadores legitimamente chamados, cremos que a própria palavra de Deus é proclamada e recebida pelos féis; e que nenhuma outra palavra de Deus deve ser inventada nem esperada do céu...
Isto não significa identificação absoluta da palavra pregada com a palavra escrita. As Escrituras são definitivas e supremas, inerentemente normativas, enquanto que a autoridade da pregação é sempre delas derivada e a elas subordinada.7 Não significa também que a pregação seja inspirada ou inerrante. Os pregadores, por mais fiéis que sejam na exposição das Escrituras, não são preservados do erro como o foram os autores bíblicos. Muito menos significa que os ministros da Palavra sejam instrumentos de novas revelações do Espírito. O próprio documento reformado acima citado repudia essa idéia, ao afirmar que “nenhuma outra palavra de Deus deve ser inventada nem esperada do céu.”
A pregação da Palavra de Deus é palavra de Deus, primeiro porque é na condição de porta-voz, de embaixador, de representante comissionado por Deus, que o pregador fala (2 Co 5.20). “A natureza da obra do pregador,” observa Dabney, “é determinada pela palavra empregada para descrevê-la pelo Espírito Santo. O pregador é um arauto.”8 A pregação é palavra de Deus porque é entregue em nome de Deus, e debaixo da sua autoridade. Em segundo lugar, a pregação é palavra de Deus em virtude do seu conteúdo. Parker observa que a pregação recebe seu status de palavra de Deus das Escrituras. A pregação “é palavra de Deus, porque transmite a mensagem bíblica, que é a mensagem ou Palavra de Deus.”9 Enquanto a pregação refletir fielmente a Palavra de Deus, ela tem a mesma autoridade, e requer dos ouvintes a mesma obediência.10
Robert L. Dabney observa que o uso do termo arauto para descrever o ofício do pregador encerra duas implicações. Primeiro, que não lhe compete inventar sua mensagem, mas transmiti-la e explicá-la. Segundo, que o arauto
...não transmite a mensagem como mero instrumento sonoro, como uma trombeta ou tambor; ele é um meio inteligente de comunicação...; ele tem um cérebro, além de uma língua; e espera-se que ele entregue e explique de tal maneira a mente do seu senhor, que os ouvintes recebam, não apenas os sons mecânicos, mas o verdadeiro significado da mensagem.”11
Pregação, definiu Phillips Brooks, é a comunicação da verdade de Deus através da personalidade do pregador.12 Assim como a palavra inspirada não deixa de ser divina, embora escrita por autores humanos em pleno uso de suas peculiaridades humanas, assim também a palavra pregada não deixa de ser de Deus por ser mediada pela personalidade do pregador.
Na verdade, mais do que mero instrumento de comunicação da vontade de Deus, a pregação, na concepção reformada, é um dos meios pelos quais Cristo se faz presente na igreja. Assim como a fé reformada crê na real presença espiritual de Cristo nos sacramentos, crê também na sua real presença espiritual na pregação, pela qual ele salva os eleitos e edifica e governa a igreja.13 Essa concepção, em certo sentido sacramental da pregação, considerada como que uma epifania de Cristo,14 é afirmada freqüentemente por Calvino nas Institutas e em seus comentários.15 Leith observa que, nas Institutas (4.14.26), Calvino cita Agostinho, o qual referia-se às palavras como sinais, porquanto na sua concepção, “na pregação, o Espírito Santo usa as palavras do pregador como ocasião para a presença de Deus em graça e em misericórdia,” e, “nesse sentido, as palavras do sermão são comparáveis aos elementos dos sacramentos.”16
A concepção reformada de pregação como vox Dei é compartilhada por Lutero. Comentando João 4.9-10, o reformador pergunta: “Quem está falando [na pregação]? O pastor? De modo nenhum! Vocês não ouvem o pastor. A voz é dele, é claro, mas as palavras que ele emprega são na realidade faladas pelo meu Deus.”17 Condenando a tendência católica romana de transformar em sacramento tudo o que os apóstolos fizeram, Lutero afirma que se alguma dessas práticas tivesse que ser sacramentalizada, que a pregação o fosse.18
Foi Calvino, entretanto, quem elaborou mais detalhadamente a questão da natureza da pregação como “a voz de Deus.”19 Em seu comentário de Isaías ele afirma que na pregação “a palavra sai da boca de Deus de tal maneira que ela de igual modo sai da boca de homens; pois Deus não fala abertamente do céu, mas emprega homens como seus instrumentos, a fim de que, pela agência deles, ele possa fazer conhecida a sua vontade.”20 Comentando Gálatas 4.19, “até ser Cristo formado em vós,” Calvino enfatiza a eficácia do ministério da Palavra, afirmando que porque Deus “...emprega ministros e a pregação como seus instrumentos para este propósito, lhe apraz atribuir a eles a obra que ele mesmo realiza, pelo poder do seu Espírito, em cooperação com os labores do homem.”21 Para Calvino, a leitura e meditação privadas das Escrituras não substituem o culto público, pois “entre os muitos nobres dons com os quais Deus adornou a raça humana, um dos mais notáveis é que ele condescende consagrar bocas e línguas de homens para o seu serviço, fazendo com que a sua própria voz seja ouvida neles.”22 Por isso, quem despreza a pregação despreza a Deus, porque ele não fala por novas revelações do céu, mas pela voz de seus ministros, a quem confiou a pregação da sua Palavra.23 Ao falar Deus aos homens por meio da pregação, Calvino identifica dois benefícios: “...por um lado, ele [Deus], por meio de um teste admirável, prova a nossa obediência, quando ouvimos seus ministros exatamente como ouviríamos a ele mesmo; enquanto que, por outro, ele leva em consideração a nossa fraqueza ao dirigir-se a nós de maneira humana, por meio de intérpretes, a fim de que possa atrair-nos a si mesmo, ao invés de afastar-nos por seu trovão.”24
Os puritanos não pensavam de modo diferente. Eles viam o pregador da Palavra como um porta-voz de Deus.25 Eles afirmavam que “na fiel exposição da Palavra, Deus mesmo está pregando, e que se um homem está fazendo uma verdadeira exposição das Escrituras, Deus está falando, pois é a palavra de Deus, e não a palavra do homem.”26 “Não pode haver dúvida de que para estes adoradores, a pregação da Palavra tornou-se um sacramento verbal.’’27 John Owen, por exemplo, escreveu que “Cristo nos chama a si... nas pregações do evangelho, pelas quais ele é evidentemente crucificado diante de nossos olhos” (Gl 3.1).28 Mencionando a mesma passagem bíblica, Paul Helm comenta que, na pregação, os Gálatas como que viram a Cristo com seus próprios olhos.29 Ele também observa que “os protestantes geralmente enfatizam que a graça conferida nos sacramentos não é de natureza diferente e, certamente, não superior àquela conferida na pregação fiel... assim como os sacramentos são emblemas visíveis da graça de Deus, assim também é a pregação fiel.”30