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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

George Müller e as Doutrinas da Graça


George Müller e as Doutrinas da Graça

"Antes desse tempo (quando cheguei a respeitar a Bíblia somente como minha regra de fé) eu me opunha fortemente às doutrinas da eleição, redenção particular (também chamada de expiação limitada) e graça para perseverança até o fim. Agora, porém, fui levado a examinar essas verdades preciosas pela Palavra de Deus. Tendo sido levado a não procurar nenhuma glória própria na conversão de pecadores, mas tão somente a me considerar como um mero instrumento, e havendo sido disposto a aceitar o que as Escrituras dizem, eu me aproximei da Palavra, lendo o Novo testamento desde seu início, com referência em particular a essas verdades.

Para minha enorme surpresa, descobri que as passagens que falam diretamente sobre eleição e graça perseverante eram cerca de quatro vezes mais abundantes do que as que aparentemente falam contra essas verdades. E após breve tempo, até mesmo essas poucas passagens, uma vez que as havia examinado e compreendido, serviram para me confirmar as doutrinas referidas.

Quanto ao feito que minha crença nessas doutrinas teve em minha vida, sou constrangido a afirmar, para a glória de Deus, que embora seja ainda muito fraco, e de forma alguma tão morto para a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida quando deveria ser, ainda assim, pela graça de Deus, tenho andado ainda mais perto dEle desde esse período. Minha vida não tem sido tão inconstante e posso dizer que tenho vivido muito mais para Deus do que antes."

Cerca de quarenta anos após, em 1870, Müller falou a alguns novos crentes sobre a importância do que lhe ocorrera em Teignmouth. Disse ele que sua pregação havia sido infrutífera por quatro anos na Alemanha, de 1825 a 1829, mas então ele veio à Inglaterra e foi instruído nas Doutrinas da Graça.

"Pelo tempo de minha chegada a este país, agradou a Deus mostrar-me as Doutrinas da Graça, de um modo que eu não as percebi antes. A princípio, eu odiei: "se isso é verdade, não posso fazer nada para a conversão dos pecadores, visto que tudo depende de Deus e da obra do seu Espírito". Mas, quando aprouve a Deus revelar-me estas verdades, meu coração foi trazido a um estado em que eu podia dizer: não estou apenas contente e ser um martelo, um machado ou um serrote, nãso mãos de Deus; mas também considerarei a maior honra ser usado por Ele de qualquer maneira. E, se pecadores forem salvos por minha instrumentalidade, eu Lhe darei toda a glória, do mais profundo de minha alma. E o Senhor me outorgou a bênção de ver frutos, frutos em abundância: muitos pecadores convertidos. E Deus sempre me tem usado, de uma maneira ou outra, em sua obra. "


Extraído do excelente texto de Gilson dos Santos: George Müller - Inteira dependência e fé na provisão de um Deus gracioso e soberano

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009


João Calvino e “Os Cinco Pontos do Calvinismo”

por

Rev. André do Carmo Silvério



É muito comum se ouvir falar sobre “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Eu mesmo, quando me tornei aluno da classe de catecúmenos, com a finalidade de ser membro da Igreja Presbiteriana do Brasil, lembro-me de ouvir por várias vezes falar sobre esse assunto. Contudo, meu raciocínio não era outro, senão, o de achar que o autor destes pontos era de fato o próprio reformador do século XVI: João Calvino. Mas somente no Seminário pude ter um contato mais próximo com obras literárias que falavam sobre o assunto, e, desta forma, creio ter sido esclarecido sobre o que realmente vem a ser “Os Cinco Pontos do Calvinismo”.

Portanto, o objetivo deste pequeno artigo é esclarecer de forma simples quem de fato escreveu os chamados “Cinco Pontos do Calvinismo”, por qual razão e porque eles são “cinco pontos” ao invés de sete ou dez. Além disso, procuraremos destacar a sua relevância para a nossa teologia.


1. Autoria

Ao contrário do que muitos pensam, não foi João Calvino quem escreveu “Os Cinco Pontos do Calvinismo”. Talvez algumas pessoas ficarão impressionadas com esta afirmação. No entanto, a magna pergunta que se faz é: Se não foi Calvino, quem foi então? “Estes cinco pontos foram formulados pelo Sínodo de Dort, Sínodo este convocado pelos estados Gerais (da Holanda) e composto por um grupo de 84 Teólogos e 18 representantes seculares, entre esses estavam 27 delegados da Alemanha, Suíça, Inglaterra e outros países da Europa reunidos em 154 Sessões, desde 13 de novembro de 16 18 até maio de 1619” . [1] Portanto, peca por ignorância quem afirma ser João Calvino o autor destes cinco pontos, porque na verdade, a afirmação correta é que estes “pontos” foram fundamentados tão somente nas doutrinas ensinadas por ele. Aliás, este sistema doutrinário, se assim podemos chamá-lo, foi elaborado somente 54 anos após a morte do grande reformador (1509-1564).



2. Razão de sua Escrita

Os Cinco Pontos do Calvinismo foram formulados em resposta a um “documento que ficou conhecido na história como ‘Remonstrance' ou o mesmo que ‘Protesto'”, [2]apresentado ao Estado da Holanda pelos “discípulos do professor de um seminário holandês chamado Jacob Hermann, cujo sobrenome latino era Arminius (1560-1600). Mesmo estando inserido na tradição reformada, Arminius tinha sérias dúvidas quanto à graça soberana de Deus, visto que era simpático aos ensinos de Pelágio e Erasmo, no que se refere à livre vontade do homem”. Este documento formulado pelos discípulos de Arminius tinha como objetivo mudar os símbolos oficiais de doutrinas das Igrejas da Holanda (Confissão Belga e Catecismo de Heidelberg ), substituindo pelos ensinos do seu mestre. Desta forma, a única razão pela qual Os Cinco Pontos do Calvinismo foram elaborados era a de responder ao documento apresentado pelos discípulos de Arminius.


3. Porque Cinco Pontos?

Este documento formulado pelos alunos de Jacob Arminius tinha como teor cinco principais pontos, conhecidos como “Os Cinco Pontos do Arminianismo”. E como já dissemos logo acima, em resposta a este Cinco Pontos do Arminianismo, o Sínodo de Dort elaborou também o que conhecemos como “Os Cinco Pontos do Calvinismo” ao invés de sete ou dez. Estes pontos do calvinismo são conhecidos mundialmente pela palavra TULIP, um acróstico popular que na língua inglesa significa:

T otal Depravity / Total Depravação
U nconditional / Election Eleição Incondicional
L imited Atonement / Expiação Limitada
I rresistible Grace / Graça Irresistível
P erseverance of Saints / Perseverança dos Santos



4. Os Cinco Pontos do Arminianismo Versus Os Cinco Pontos do Calvinismo.


1. Vontade Livre – O arminianismo diz que a vontade do homem é “livre” para escolher, ou a Palavra de Deus, ou a palavra de Satanás. A salvação, portanto, depende da obra de sua fé.

1. Depravação Total – O calvinismo diz que o homem não regenerado é absolutamente escravo de Satanás, e, por isso, é totalmente incapaz de exercer sua própria vontade livremente (para salvar-se), dependendo, portanto, da obra de Deus, que deve vivificar o homem, antes que este possa crer em Cristo.





2. Eleição Condicional – O arminianismo diz que a “eleição é condicional, ou seja, acredita-se que Deus elegeu àqueles a quem “pré-conheceu”, sabendo que aceitariam a salvação, de modo que o pré-conhecimento [de Deus] estava baseado na condição estabelecida pelo homem.

2. Eleição Incondicional – O calvinismo sustenta que o pré-conhecimento de Deus está baseado no propósito ou no plano de Deus, de modo que a eleição não está baseada em alguma condição imaginária inventada pelo homem, mas resulta da livre vontade do Criador à parte de qualquer obra de fé do homem espiritualmente morto.




3. Expiação Universal – O arminianismo diz que Cristo morreu para salvar não um em particular, porém somente àqueles que exercem sua vontade livre e aceitam o oferecimento de vida eterna. Daí, a morte de Cristo foi um fracasso parcial, uma vez que os que têm volição negativa, isto é, os que não querem aceitar, irão para o inferno.

3. Expiação Limitada – O calvinismo diz que Cristo morreu para salvar pessoas determinadas, que lhe foram dadas pelo Pai desde toda a eternidade. Sua morte, portanto, foi cem por cento bem sucedida, porque todos aqueles pelos quais ele não morreu receberão a “justiça” de Deus, quando forem lançados no inferno.



4. A Graça pode ser Impedida – O arminianismo afirma que, ainda que o Espírito Santo procure levar todos os homens a Cristo (uma vez que Deus ama a toda a humanidade e deseja salvar a todos os homens), ainda assim, como a vontade de Deus está amarrada à vontade do homem, o Espírito [de Deus] pode ser resistido pelo homem, se o homem assim o quiser. Desde que só o homem pode determinar se quer ou não ser salvo, é evidente que Deus, pelo menos, “permite” ao homem obstruir sua santa vontade. Assim, Deus se mostra impotente em face da vontade do homem, de modo que a criatura pode ser como Deus, exatamente como Satanás prometeu a Eva, no jardim [do Éden].

4. Graça Irresistível – O calvinismo entende que a graça de Deus não pode ser obstruída, visto que sua graça é irresistível. Os calvinistas não querem significar com isso que Deus esmaga a vontade obstinada do homem como um gigantesco rolo compressor! A graça irresistível não está baseada na onipotência de Deus, ainda que poderia ser assim, se Deus o quisesse, mas está baseada mais no dom da vida, conhecido como regeneração. Desde que todos os espíritos mortos (= alienados de Deus) são levados a Satanás, o deus dos mortos, e todos os espíritos vivos (= regenerados) são guiados irresistivelmente para Deus (o Deus dos vivos), nosso Senhor, simplesmente, dá a seus escolhidos o Espírito de Vida. No momento que Deus age nos eleitos, a polaridade espiritual deles é mudada: Antes estavam mortos em delitos e pecados, e orientados para Satanás; agora são vivificados em Cristo, e orientados para Deus.



5. O Homem pode Cair da Graça – O arminianismo conclui, muito logicamente, que o homem, sendo salvo por um ato de sua própria vontade livremente exercida, aceitando a Cristo por sua própria decisão, pode também perder-se depois de ter sido salvo, se resolver mudar de atitude para com Cristo, rejeitando-o! (Alguns arminianos acrescentariam que o homem pode perder, subseqüentemente, sua salvação, cometendo algum pecado, uma vez que a teologia arminiana é uma “teologia de obras” – pelo menos no sentido e na extensão em que o homem precisa exercer sua própria vontade para ser salvo). Esta possibilidade de perder-se, depois de ter sido salvo, é chamada de “queda (ou perda) da graça”, pelos seguidores de Arminius. Ainda, se depois de ter sido salva, a pessoa pode perder-se, ela pode tornar-se livremente a Cristo outra vez e, arrependendo-se de seus pecados, “pode ser salva de novo”. Tudo depende de sua continua volição positiva até à morte!

5. Perseverança dos Santos – O calvinismo sustenta muito simplesmente que a salvação, desde que é obra realizada inteiramente pelo Senhor – e que o homem nada tem a fazer antes, absolutamente, “para ser salvo” -, é óbvio que o “permanecer salvo” é, também, obra de Deus, à parte de qualquer bem ou mal que o eleito possa praticar. Os eleitos ‘perseverarão' pela simples razão de que Deus prometeu completar, em nós, a obra que ele começou. Por isso, os cinco pontos de TULIP incluem a Perseverança dos Santos .




5. Considerações Finais

Para inteirar o leitor do todo da história, Spencer nos diz que após o Sínodo de Dort se reunir em 154 Sessões num “completo exame das doutrinas de Arminius e comparar cuidadosamente seus ensinos com os ensinos das Escrituras Sagradas, chegaram à conclusão que os ensinos de Arminius eram heréticos”. [5] “E não somente isto, mas o Concílio impôs censura eclesiástica aos ‘remonstrantes' depondo-os dos seus cargos, e a autoridade civil (governo) os baniu do país por cerca de seis anos”.

Diante disso, creio que a diferença crucial entre o Arminianismo e o Calvinismo se resume na palavra Soberania. Enquanto os calvinistas entendem que Deus opera a salvação na vida do ser-humano conforme a sua livre e soberana vontade, os arminianos salientam que o homem é capaz de por si só querer ou não ser salvo. Se partirmos da premissa que o homem está completamente morto diante de Deus como nos ensina Efésios 2:1, entenderemos porque a salvação depende tão somente da graça e da misericórdia do SENHOR, pois “não depende de quem quer ou quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9:16). Portanto, creio que os objetivos deste artigo foram de fato alcançados, demonstrando assim a verdadeira história dos “Cinco Pontos do Calvinismo”. Que assim, queira o Senhor nosso Deus nos abençoar e nos dar sempre a graça de sermos verdadeiros propagadores da história reformada.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Sem palavras...


Graça e paz vos sejam multiplicadas no pleno conhecimneto de Cristo..

Hoje é um daqueles dias que estamos sem nada a dizer (pelo menos pra mim), isso já deve ter acontecido com todos (acredito eu!!!), Comigo é assim, nem sempre, mesmo meditando diariamente nas Escrituras, sinto facilidade de pregar, elaborar um estudo sistemático, ensinar ou coisa parecida, na verdade as vezes me faltam palavras até na oração!! Mas qual é a verdadeira linguagem que Deus entende?......será a dos sinais fonéticos, ou dos gráficos?..não, não!...a que Deus entende é a que é oriunda das profundezas da alma, afinal no exercício da linguagem os sinais existem em função do significado e não ao contrário (a Gramática foi criada para produzir significado, mas a mesma pode ser um bloqueio para o entendimento de de determinada classe social,ou comunidade, por isso o que deve ser priorizado no ato da comunicaçao não é o bom uso da lingua mas produção de significado!!..entenda que não estou depreciando o conhecimento, nem o bom uso da norma culta em um texto ou situação comunicativa, mas sim esclarecendo o que merece prioridade!)....acho que já deve ter acontecido com você isso...não tem nada a falar, mais muita coisa a dizer, não com palavras mais com os mais profundos gemidos de um coração carente de mais e mais de Deus....então deixe seu coração falar, e com certeza Ele que habita, não em templos feitos por mãos humanas, mas ai mesmo dentro de você te ouvirá e te entenderá.
Perdoe-me pela falta de erudição e de profundidade Teológica neste post, mas isso é o que de fato acontece no dia a dia de um Cristão...mas a graça de Deus se manifesta em nossa incapacidade de expressar idéias e sentimentos, por isso o apóstolo Paulo disse que o Espirito de Deus assiste em nossas fraquezas,porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis!!(Rm 8.26)...como Calvino disse: Todo homem é mudo até que Deus abra sua boca para orar!!

Portanto a Ele a honra, a gloria e todo louvor..

Bruno Domingues